segunda-feira, julho 07, 2008

Vinte anos

Na ocasião do meu vigésimo aniversário eu bebi até meu limite, talvez um pouco além – cerimonial que repito pelo terceiro ano consecutivo, embora cada situação tenha sido distinta da outra.

Engraçado isso, porque eu comprovadamente fico eufórico nessa época do ano, mas em hipótese alguma cogito fazer tão cedo uma festinha pra celebrar o milagre da minha vida.

Talvez porque eu tenha medo de que pouca gente apareça (pô, é a primeira semana de julho, o pessoal todo viaja...), ou talvez porque tenha medo de que venha mais gente do que deveria e eu me sinta desconfortável. Incomodado a ponto de justificar a minha cara contrariada com a desculpa de que dormi mal.

Já melhorei bastante em matéria de deixar de ser chucro. Ainda não promovo festas, mas pelo menos de uns anos pra cá tenho planejado com alguma antecedência o que fazer no dia do meu aniversário. Não o trato mais como um dia qualquer de férias e tal mudança de postura me proporcionou novamente bons momentos convertidos em porre.

Exagerar na dose seria mais condenável se eu o fizesse sozinho e causasse algum constrangimento. Mas, pensando nisso, me preocupo justamente em estar entre aqueles que sabem onde eu quero chegar quando bebo.

Afinal eu não sou do tipo que bebe e dança funk ou bebe e grita pra chamar a atenção. O que realmente me atrai no mundo ébrio são os louváveis papos que costumam nascer a partir de uma reunião de bons amigos. Gente que gradativamente vai soltando mais as suas idéias. Em geral é isso que me motiva a tomar mais um copo.

Nesse fim-de-semana foi assim. Numa chácara, em que outro camarada também era aniversariante, estive bastante feliz e saí de lá já com vinte anos - só que ainda a tempo de encontrar outros amigos paulistanos e abraçar a família dentro da noite do dia seis.

Claro que faltou comemorar com várias pessoas importantes, mas até que essas, quase em geral, telefonaram ou pelo menos deixaram um scrap pra tornar o dia mais bonito e irretocável.

Nas primeiras reflexões com a nova idade concluí apenas que devo manter-me atento para não desandar os planos já encaminhados, sem grandes novas pretensões por ora.

Mas pra não dizer que perdi meu dom metódico de traçador de metas, por esporte, tracei duas facinhas: investir no blog abandonado e comprar um daqueles fones pequenininhos e baratos, que não chame muito a atenção, para ouvir música no trabalho.

Acho que esses são dois aspectos em que falhei muito nos últimos vinte anos. Fica o meu desejo de evoluir em breve para um sujeito que não tem tanta preguiça de escrever e tão pouco cuidado para conservar fones.

1 Comentários:

Blogger Unknown disse...

Vinte anos jogados na lata de lixo!

5:03 AM  

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